Considerações da madrugada

Porque eu to pegando fogo hoje (que?)

Estava revendo o blog (deu saudades ♥) e algumas coisas acabaram inevitavelmente me ocorrendo. Decidi listá-las por pura falta do que fazer (afinal, dormir é para os fracos – só que não)

  1. Eu era absurdamente menos amável durante o colégio (quando o blog começou)
  2. Por algum motivo, eu sinto que as pessoas gostavam mais de mim? Ou, talvez seja melhor dizer, mais pessoas pareciam gostar de mim (mas, aparentemente, é normal ter menos amigos aos 30 anoso que me consola mesmo eu ainda não tendo 30)
  3. Eu não consigo ler postagens antigas sem uma voz infantil. Sério. Eu imagino essa mini versão de mim (não que eu tenha crescido ou mudado alguma coisa nos últimos anos) falando com aquela cara emburrada e tom de criança e não consigo não achar graça.
  4. Eu ainda tinha muita coisa em mim pra desconstruir, apesar de que já estava vendo alguma luz no fim do túnel. Porque, sabem como é, adolescência é um período sombrio, recheado de intolerâncias e briguinhas idiotas. É aquele misto de ser criança e ser adulto (o que, pelo menos pra mim, ainda se mantém, mas – espero – pesando mais pro adulto que pra criança agora). Mas claro que a gente se acha o dono do universo com 15/16 anos. Quem nunca, né?
  5. Eu me tornei uma pessoa muito mais madura em alguns aspectos, mas em outros as coisas continuam iguais. É mais fácil fazer auto-crítica, por exemplo, e não me sentir péssima depois. Em vez disso, em geral, eu vejo uma possibilidade de crescimento. Mas, por outro lado, eu continuo sendo teimosa e mão de vaca em algumas situações. Bônus: aprendi a cozinhar, quem diria (um dia ia precisar, mas tudo bem)
  6. Eu era “aparentemente” mais feliz. Aparentemente porque eu não me definia (que eu me lembre) como uma pessoa feliz. Tinha (ainda tenho, na verdade) amigas muito mais animadas, ou seja, aparentemente muito mais felizes. Mas um dia você se toca de que a pessoa parecer feliz não significa que ela esteja feliz.
  7. Apesar de todos os baixos que rolaram até então, de tudo e todos de que abri mão, sinto uma gratidão muito maior agora pela minha vida. Muito maior mesmo. Aos poucos, a gente aprende a deixar ir aquilo que nos faz mal. Sejam coisas, situações ou pessoas. E aprende a lidar com isso, a aceitar. Isso torna a vida ridiculamente mais leve.
  8. Eu me tornei muito mais envolvida politicamente do que jamais imaginei que seria (mas não, não farei um texto sobre a atual situação do Brasil, porque tem muita coisa acontecendo, tem muita informação por aí, tem muito ódio e muita intolerância se espalhando entre as pessoas, consumindo tudo que encontram pela frente. Eu não quero jogar mais lenha na fogueira)
  9. Apesar de todos os textos falando sobre a liberdade da mulher (e coisas do gênero), eu percebi que me tornei muito mais esclarecida em relação ao feminismo nos últimos dois anos. Antes, eu pensava muito e praticamente apenas na questão de vestuário, provavelmente por ser a mais óbvia. Não que eu tenha deixado esse assunto de lado, mas hoje consigo ver muito mais facilmente os outros tipos de violência que existem. E, acho, sou mais capaz de tratar sobre o assunto. Há um embasamento maior, uma paciência maior para conversas (mas não teste limites)
  10. Descobri (ou melhor, apesar de já saber antes, a ficha meio que só caiu agora) que, só porque uma pessoa está na sua vida há anos e fala com você com frequência, isso não significa que você e ela tenham uma relação verdadeira de amizade. O tempo mostra muita coisa, inclusive o que é realmente uma amizade. Se você deixou de se sentir confortável falando com alguém (vulgo, se há indiferença ou desconforto ao falar com ela), talvez seja hora de repensar a amizade. E uma pessoa com quem você tem menos contato pode ser aquela com quem você acaba se abrindo mais facilmente, pode ser aquela que te é verdadeiramente amiga.
  11. Meu relógio biológico é completamente maluco. Não apenas noturno, mas maluquinho mesmo. Prefiro ir dormir de madrugada, mas sou tão capaz de dormir o dia inteiro quanto de dormir umas 8-9 horas. Virar a noite não é tão um desafio também. E, às vezes (por que não?), dormir umas 4-5 horas me é o bastante (mas esse caso é bem mais raro e só dá certo se eu acordar naturalmente).
  12. Escrever sempre me aliviou o peito, a cabeça. Eu sempre gostei, mas não praticava tinha muito tempo. Eu devia voltar a fazê-lo.

 

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Esse post não é exatamente útil (não que haja muita utilidade nesse blog, convenhamos), mas eu senti que seria bom pra mim escrevê-lo. Assim como a maioria dos meus textos são, esse é mais um desabafo. É bom ter um lugar em que você pode postar as suas coisas, seus pensamentos. Quem diria que eu acharia que escrever num blog podia ser (um tanto) terapêutico?

Kissu,

Kuma.

Sobre Rikuki

Três garotas bloggando pra passar o tempo =)
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2 respostas para Considerações da madrugada

  1. Chalu Oliver disse:

    As pessoas que eu seguia pararam de escrever, eu tambem pra falar a verdade. Estava com saudade dos seus pensamentos. Boas vindas de volta ^^
    (só vi agora por que fui limpar os blogs que morreram, mas se vc voltar a escrever eu voltei a acompanhar)

    • Rikuki disse:

      [Kuma]
      Manter esse blog nunca foi um ponto forte hahaha eu tenho pensado em coisas pra escrever, mas colocar no papel (bom, no word hahaha) tem sido levemente complicado. Sabe quando vc tem uma ideia e não sabe como desenvolver? Ando nessas hahahaha Mas vou tentar voltar a postar com mais frequência (só não prometo hahaha)
      Obrigada ❤

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